BC injeta dólares na economia novamente
Segundo o BC, o leilão será realizado por telefone, exclusivamente por meio de instituições credenciadas pela autoridade monetária, os chamados dealers. Cada instituição poderá comprar até 20% do total ofertado. Esse tipo de leilão tenta reduzir a distorção na formação da taxa de câmbio à vista e da praticada no mercado futuro.
O segundo leilão previsto para o dia, de 12h45 às 13h, é de swap cambial (contrato que troca o rendimento em juros pela oscilação da moeda americana). Nesse leilão serão ofertados 44.600 contratos, com vencimento no dia 1º de abril de 2009. O resultado do leilão será divulgado a partir das 13h15 de hoje, com informação de valores.
As operações de venda com compromisso de compra e de swap equivalem a empréstimos temporários, quase sempre de 90 a 120 dias, ao fim dos quais os dólares voltam para o BC, de modo que não reduzem as reservas internacionais. Esse artifício vem sendo usado pela autoridade monetária desde o último dia 6 com o objetivo de conter o ímpeto de valorização do dólar em relação ao real.
De lá para cá, o BC realizou sete desses leilões de swap, nos quais ofertou US$ 8,896 bilhões aos bancos para impedir que o dólar negociado à vista tenha valorização excessiva. Além dos leilões de swap cambial, o BC também já ofereceu a moeda norte-americana em venda direta (nos dias 8, 9, 10 e 14 deste mês), o que reduziu as reservas internacinoais. Nesses casos, porém, o BC não revela quanto colocou no mercado.
Novas regras, anunciadas no último dia 13, permitem que as instituições financeiras abatam o dinheiro que for gasto com leilões realizados pelo BC dos recolhimentos compulsórios (dinheiro que os bancos são obrigados a deixar no Banco Central) de operações de arrendamento mercantil (leasing – o aluguel com opção de compra ).
A regra vale apenas para operações com recompra futura pelo BC e somente enquanto o comprador permanecer com os dólares. Feita a devolução, de acordo com data pré-determinada, acaba a isenção. A expectativa do Banco Central é liberar no mercado financeiro R$ 20 bilhões com essa medida.
Kelly Oliveira e Stênio Ribeiro / Agência Brasil
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