O Banco Central realizou hoje (14) mais um leilão de venda de dólares à vista. Quando faz esse tipo de operação, o BC não informa quanto coloca no mercado. A taxa foi de R$ 2,09.

Em seguida, a instituição realizou um leilão de swap cambial, contratos que trocam o rendimento em juros pela oscilação da moeda americana. Diferentemente das operações de venda direta, em que o dinheiro arrecadado fica no mercado, no swap cambial, a verba volta ao BC depois de terminado o contrato.

Neste segundo leilão, o Banco Central vendeu US$ 1,235 bilhão no total. O banco ofereceu dois lotes com vencimentos nos dias 2 de janeiro e 2 de fevereiro de 2009. Tanto no primeiro quanto no segundo lote, foram vendidos todos os contratos ofertados – 2.060 e 23.140.

As taxas nominais foram de 3,6405% e 7,2383%, respectivamente. As taxas de registro na Bolsa de Mercadorias e Futuro, também conhecidas como lineares, foram de 3,530 % e 6,990%, respectivamente.

Nesses leilões, o BC oferece proteção contra a alta do dólar e, em troca, recebe a variação da taxa de juros. Nessa modalidade, os dólares voltam ao BC depois de determinado tempo. Com as vendas de dólares no mercado futuro, há uma contribuição para impedir que o dólar negociado à vista suba.

Recentemente, o BC voltou a fazer esse tipo de operação em reposta ao agravamento da crise financeira internacional, que teve como reflexo o aumento da taxa de câmbio. Antes disso, a última vez que o Banco Central tinha realizado esse tipo de operação foi em maio de 2006. A decisão de realizar mais esse leilão de swap cambial foi anunciada pelo BC ontem (13) no final da tarde, mesmo depois do recuo do dólar de 7,74%, com a moeda americana cotada a R$ 2,146.

Kelly Oliveira – Agência Brasil

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