A arrecadação de tributos registrou uma modesta elevação de 0,48% de março de 2014 para o mesmo mês deste ano. As receitas da União somaram R$ 94,112 bilhões no mês passado e, no acumulado, o valor total do trimestre (R$ 309,376 bi) chegou a ficar 2,03% menor do que em 2014. É o pior resultado para o primeiro trimestre desde 2011.

A principal causa da estagnação no recebimento dos impostos é a desaceleração da atividade econômica no início de 2015. A queda no consumo, na lucratividade e, principalmente, na indústria, por conta da diminuição de 5,7% na produção mensal, foram os fatores que mais puxaram o índice para baixo.

As desonerações também tiveram papel fundamental na queda do valor arrecadado pelo Fisco. Desde o início do ano, o governo Federal deixou de receber R$ 29,1 bilhões. Só nas desonerações referentes à folha de pagamento este valor foi de R$ 5,6 bilhões para o primeiro trimestre do ano, sendo R$ 1,9 bilhão referentes ao mês de março.

O governo espera combater a renúncia fiscal com as altas dos tributos estabelecidas em janeiro e fevereiro. Só com a alta do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos automóveis, por exemplo, a expectativa oficial é de um retorno de R$ 5 bilhões neste ano. Além deste, os impostos sobre os combustíveis, sobre as operações financeiras e as limitações impostas em direitos trabalhistas também aumentaram.

O objetivo para o setor público neste ano é de um superávit primário de R$ 66,3 bilhões, o equivalente a 1,2% do PIB.

Com informações da Agência Brasil, do Estado de São Paulo e do portal G1.