Em meio a um cenário de crise econômica, nem a Loteria Federal escapou. No primeiro trimestre deste ano, a arrecadação real com os jogos foi de R$ 2,9 bilhões, o que representa uma redução de 22,3% em relação ao mesmo período de 2014, quando o montante foi de R$ 3,5 bilhões. Na comparação com os três primeiros meses de 2016, que teve arrecadação de R$ 2,7 bilhões, a queda girou em torno de 3,7%. Os dados são do Boletim de Acompanhamento do Mercado de Loteria.

Como a Loteria Federal ajuda a abastecer programas sociais e entidades, como o Comitê Olímpico Brasileiro, esses repasses e o recolhimento de Imposto de Renda da premiação concedida também sofreram com a queda na arrecadação. De acordo com o boletim, os repasses sociais caíram aproximadamente 10% entre o primeiro trimestre de 2015 (R$ 1,20 bilhão) e o primeiro trimestre de 2017 (R$ 1,09 bilhão).

Já a arrecadação com Imposto de Renda recolhida do pagamento de prêmios da Loteria Federal caiu cerca de 19%, passando de R$ 0,37 bilhão, em 2015, para R$ 0,30 bilhão, em 2017.

A participação da Mega-Sena, principal jogo da Loteria Federal, caiu de 44,7% no primeiro trimestre de 2014 para 33,6% no mesmo período deste ano, com a arrecadação caindo de R$ 1,59 bilhão para cerca de R$ 920 milhões. De acordo com o boletim, essa redução está ligada a dois fatores: o reajuste de preço da Mega-Sena ocorrido logo no início de 2015 e o acréscimo relativo da Lotomania, Quina e Timemania, que um espaço maior na participação.

O segundo jogo que mais arrecada é a Lotofácil, que teve um montante de cerca de R$ 810 milhões no primeiro trimestre deste ano. Na sequência vem Quina, Lotomania, Dupla Sena, Federal, Timemania, Loteca e Lotogol.

O documento ainda destaca a baixa participação da modalidade lotérica de prognósticos esportivos, que representa menos de 1% do mercado lotérico federal brasileiro. Ao redor do mundo, esse percentual chega a 7%, segundo a World Lottery Association.

Foto: Wilson Dias/ Agência Brasil