Por Ingrid G Barth

Como já dizia o velho ditado: casa de ferreiro espeto de pau. Me formei em Economia mas demorei algum tempo pra aprender como lidar com as minhas finanças pessoais. Se você teve a sorte de nascer em uma família com sólidos conceitos sobre renda, gastos, custos, economia, etc, acredito que tenha aprendido desde de cedo o valor do dinheiro. Porém, se você, asssim como eu, não teve essa “sorte” acredito que de vez em quando se perde no meio do turvilhinho de despesas e gastos inúteis que vira e mexe fazemos sem perceber e quando nos damos conta já estamos gastando dinheiro demais.

No início da nossa vida financeira, nos deparamos com algo ao mesmo tempo fascinante e perigoso: o dinheiro. Lembro-me até hoje do gostinho bom que eu senti quando recebi meu primeiro salário. Nossa, me sentia mais poderosa, andava com a cabeça mais erguida pois enfim eu tinha algum dinheiro caso quisesse comprar algo. E comprava! Não importava o preço, não pesquisava em outros lugares, enfim, entrava e comprava o que eu queria.

Com o passar do tempo, comecei a sentir que essa já não era a melhor coisa a se fazer. Comecei a sentir o peso do cheque especial, conta de cartão de crédito, contas diversas que brotavam pelo correio, e pelo primeira vez senti medo: E se meu dinheiro não for sufiente? E muitas vezes não foi.

Pensando nos meus erros e acertos que decidi escrever sobre algumas dicas básicas sobre finanaças pessoais que são simples mais que muitas vezes esquecemos e que eu acredito ser bem válido relembrar de tempos em tempos. Dividi em pontos que serão publicados separadamente, começando por esse:

1) Controle é a palavra.

Pois é… Não tem como fugir disso. Se colocasse numa escala de importância de 01 à 10, esse ponto sem dúvida seria 10: o controle sobre seus gastos. Aqui vale tudo: Até planilhas em excel, caderninhos, pastas, comprovantes de débitos, tudo o que mais você achar que fará você ter mais controle sobre sua vida financeira.

O truque aqui é descobrir onde você precisa ter mais atenção na hora de gastar. Se você costuma sair demais pra comer fora ou costuma frequentar muitos eventos sociais que fazem você gastar, se você costuma comprar muitas coisas que não usa, se atrasa algumas contas e paga juros altos por isso, enfim, fazendo um controle minucioso dos seus ganhos/ gastos você conseguirá descobrir seu ponto fraco e com um pouco de esforço conseguirá atacá-lo.

No início não precisa ser muito radical e deixar de fazer coisas que gosta e que precise gastar dinheiro. Se agir assim, pode se sentir infeliz e o controle não funcionará durante muito tempo. Comece assim: Fique um mês inteiro só anotando seus gastos. Mas você precisa anotar todos os seus gastos. Gastos pequenos que aparentemente não tem importância, como a caixinha que você deixou pro entregador de pizzas, no final do mês podem fazer uma diferença considerável.

Depois desse passo, divida contas por setores: alimentação, vestuário, diversão, contas fixas (prestações de carro, casa, empréstimos, aluguéis, etc), e tente identificar qual deles você gasta mais e onde pode diminuir. Dessa forma, toda vez que for por a mão no bolsa vai ter uma figura mental de quanto exatamente você pode gastar e SE pode gastar. Você vai ver como isso o ajudará a se familizar com suas contas. Faça esse teste e mande idéias de outros controles que podem ser efetivos para todos nos ajudarmos a melhorar o nível de nossas finanças.

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