Após 15 meses, cai taxa média de juros para linhas de crédito
Redução teve influência da interrupção da elevação da taxa básica de juros (Selic), bem como da sinalização do Banco Central (BC) de que ela permaneceria inalterada nos próximos meses, diz Anefac.

As taxas de juros médias para pessoas física e jurídica apresentaram redução em setembro. Os novos índices interrompem uma sequência longa de elevações. Para pessoa física, a última redução foi há 15 meses e, para empresas, há 12 meses. Divulgados hoje (9), os dados são da Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).

Das seis linhas de créditos pesquisadas para pessoa física, quatro tiveram redução na taxa de juros do mês (de 4,68%, em agosto, para 4,63%, em setembro), no Crédito Direto ao Consumidor (CDC), de 1,81% para 1,79%, e nos empréstimos bancário, de 3,47% para 3,44%, e por financeira, de 7,32% para 7,26%. A linha cartão de crédito rotativo permaneceu estável, em 10,78%, e do cheque especial subiu de 8,44% para 8,48%.

A taxa de juros média geral para pessoa física reduziu 0,02 ponto percentual no mês (0,46 ponto percentual no ano), passando de 6,08% ao mês (103,05% ao ano), em agosto, para 6,06% ao mês (102,59% ao ano), em setembro, a menor desde julho.

Das três linhas de créditos pesquisadas para empresas, duas tiveram redução: desconto de duplicatas (de 2,55%, em agosto, para 2,54%, em setembro) e conta garantida (de 5,89% para 5,88%). A de capital de giro se manteve em 1,88%.

Na média, a taxa de juros de pessoa jurídica apresentou redução de 0,01 ponto percentual no mês (0,17 ponto percentual em 12 meses), passando de 3,44% ao mês (50,06% ao ano), em agosto, para 3,43% ao mês (49,89% ao ano), em setembro, também a menos desde maio.

Conforme a Anefac, a redução na taxa de juros teve influência da interrupção da elevação da taxa básica de juros (Selic), bem como da sinalização do Banco Central (BC) de que ela permaneceria inalterada nos próximos meses.

Segundo a associação, também colaborou a estabilidade nos índices de inadimplência e as ações do BC para reduzir depósitos compulsórios.

Agência Brasil.

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