Apesar do crescimento na produção, indústria acumula estoques
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou o resultado da pesquisa Sondagem Industrial, que aponta evolução na produção em 51,1 pontos no mês de julho. Em junho o resultado era de 45,5 pontos. Em comparação ao mesmo do ano passado também houve crescimento. Em julho de 2011 o indicador marcava 50,1 pontos. “Mesmo com aumento da atividade industrial em julho frente a junho, o setor repetiu no início do segundo semestre o baixo desempenho dos primeiros seis meses do ano e continuou acumulando estoques”, avalia a entidade. A pesquisa considera valores entre zero e 100 pontos. Números abaixo de 50 indicam contração e acima disso são positivos.
O nível de utilização da capacidade instalada (NUCI) ficou em 73% em julho ante 72% em junho: mesmo resultado de julho do ano passado. O índice registrou 43,4 pontos em julho. No mês anterior, o indicador avaliava em 41,8 pontos. Como o número está abaixo da linha dos 50 pontos desde há quase dois anos, para a CNI, o resultado representa que a utilização da capacidade instalada está abaixo do usual.
Outro motivo de preocupação é a redução nos níveis dos estoques da indústria. Para os economistas, este pode ser um empecilho na retomada do nível de produção do setor. O indicador da CNI de estoques efetivos em relação ao planejado atingiu 52,2 pontos em julho ante 52,5 pontos no anterior.
Para Rudinei Toneto, economista e livre docente do Departamento de Economia da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FEA-RP/USP), o resultado da Sondagem Industrial mostra que no a indústria tende a se recuperar no segundo semestre. “Por conta da mudança da taxa de câmbio para um novo nível, a competitividade da indústria aumenta, ajudada por uma série de estímulos do governo, como a desoneração de tributos e impostos”, disse Toneto.
Com informações do Estado de S. Paulo.
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