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O período de fim de ano costuma ser de alta nas contratações, principalmente de temporários. Porém, neste ano isso não deve acontecer com tanta força. De acordo com um levantamento feito pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), oito em cada dez (84,6%) empresários dos setores de comércio e serviços não contrataram e nem pretendem contratar trabalhadores nos últimos meses de 2016.

Apenas 15,4% dos empresários consultados manifestaram interesse em contratar novos funcionários. Levando em consideração o setor do varejo e serviços, somente 27,2 mil vagas extras deverão ser criada. O número representa estabilidade em relação ao ano passado, quando 24,4 mil pessoas foram contratadas o período.

A principal razão apontada por quem não pretende contratar é não ver necessidade na ampliação do quadro de funcionários, acreditando que a equipe atual dará conta do volume de clientes aguardados para o período (46,6%).

Outras justificativas são a expectativa de baixa demanda no fim do ano (13,2%) e a falta de dinheiro para pagar mão de obra extra (12,2%). Mesmo sem reforçar o tamanho da equipe, 45,9% desses empresários também disseram que não irão alterar a jornada de trabalho de seus funcionários por não haver um aumento significativo no número de clientes.

Entre os que pretendem contratar mão de obra temporária, 63,2% afirma que a principal razão é suprir a demanda que aumenta com a proximidade das festas de fim de ano. Depois, vem alta rotatividade dos funcionários, citada por 14,7% dos entrevistados.

Entre temporários e efetivos, a média geral será de dois contratados por empresa, número igual ao verificado no ano passado.

Ainda considerando quem pretende contratar temporários, a pesquisa revela também que 26,4% pretendem efetivar os temporários após o término do contrato. Após o período de três meses, a maior parte (47,9%) dos empresários irá dispensar essa mão de obra adicional.

Dentre aqueles que pretendem contratar, a maior parte será de modo informal. Segundo o estudo, 37,9% dos empresários não vão assinar a carteira de trabalho dos novos colaboradores, principalmente no setor de serviços (46,0%). Outros 30,6% garantem que as contratações serão formalizadas pela empresa, enquanto 23,1% vão optar pelos terceirizados.

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