Analistas esperam inflação no centro da meta em 2010
Analistas do mercado financeiro esperam que a inflação atinja o centro da meta de 4,5% em 2010. A informação é do boletim Focus, publicação semanal elaborada pelo Banco Central (BC) com base em projeções do mercado financeiro para os principais indicadores da economia.
De acordo com o boletim, a previsão anterior para a inflação oficial, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), em 2010, era de 4,41%. Essa é a segunda elevação seguida para o índice.
A meta de inflação, que deve ser perseguida pelo Banco Central, além do centro de 4,5%, tem limite inferior de 2,5% e superior de 6,5%. Essa meta, estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional, é válida para este e para o próximo ano.
Para 2009, os analistas ajustaram a previsão para o IPCA de 4,30% para 4,29%.
O BC usa a taxa básica de juros, a Selic, como instrumento para controlar a inflação. A expectativa do mercado financeiro, para este ano, é de que os juros básicos sejam mantidos no atual patamar de 8,75% ao ano. Ao final de 2010, os analistas esperam que a taxa esteja em 10,5% ao ano, a mesma projeção do boletim anterior.
Os analistas também fazem projeções para outros indicadores. A estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), neste ano, passou de 4,02% para 3,99%. Para 2010, a projeção também caiu de 4,50% para 4,40%.
Para o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) e o Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), a expectativa é de deflação neste ano. A estimativa de queda para o IGP-DI passou de -0,29% para -0,41% e para o IGP-M, de -0,60% para -0,65%. Em 2010, os analistas mantiveram a projeção de alta de 4,5% para esses dois índices.
A projeção para os preços administrados caiu de 4,12% para 4,10%, em 2009, e permaneceu em 3,5% em 2010. Os preços administrados são aqueles cobrados por serviços monitorados, como combustíveis, energia elétrica, telefonia, medicamentos, água, educação, saneamento, transporte urbano coletivo, entre outros.
Agência Brasil / Kelly Oliveira
Edição: Talita Cavalcante
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