Analistas do mercado financeiro não preveem mais queda do PIB neste ano
Analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC) melhoraram as expectativas para o desempenho da economia neste este ano e em 2010.
A projeção para o Produto Interno Bruto (PIB), soma dos bens e serviços produzidos no país, neste ano, agora é de estabilidade. A informação é do boletim Focus, publicação elaborada com projeções do mercado financeiro, fechado às sextas-feiras e divulgado às segundas-feiras pelo BC.
No boletim da última segunda-feira, a projeção era de queda do PIB de 0,15%. Há quatro semanas, a previsão de retração era ainda maior: 0,30%.
Os analistas consultados vinham fazendo projeções de retração para o PIB neste ano desde o boletim Focus divulgado em 06 de abril de 2009 (queda de 0,19%). Desde esse período, a maior previsão de retração foi de 0,73%, no boletim de 1º de junho deste ano. Antes disso, no boletim de 30 de março de 2009, foi a primeira vez em que foi prevista estabilidade.
As duas últimas mudanças na projeção (de queda de 0,16% para 0,15% e agora de estabilidade) ocorreram depois de o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informar, no dia 11 deste mês, que o PIB cresceu 1,9 % no segundo trimestre do ano na comparação com o trimestre anterior. Em relação ao segundo trimestre de 2008, houve queda de 1,2%.
Para 2010, os analistas aumentaram a estimativa de crescimento do PIB de 4% para 4,20%.
Em relação à produção industrial neste ano, os analistas ainda preveem retração. A estimativa de queda passou de 7,28% para 7,25%. Para 2010, foi mantida a previsão de recuperação, com crescimento de 6%.
Os analistas também alteraram a projeção para a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB passou de 42,75% para 43,10% neste ano e permaneceu em 41% em 2010.
A projeção para a cotação do dólar ao final deste ano passou de R$ 1,81 para R$ 1,80. Para 2010, a estimativa passou de R$ 1,85 para R$ 1,80.
A previsão para o superavit comercial (saldo positivo de exportações menos importações) foi mantida em US$ 25 bilhões neste ano e em US$ 18 bilhões em 2010.
Para o deficit em transações correntes (registro das compras e vendas de mercadorias e serviços do Brasil com o exterior), os analistas também não fizeram ajustes e mantiveram a estimativa de US$ 15 bilhões para este ano e de US$ 22,8 bilhões para 2010.
A estimativa para o investimento estrangeiro direto (recursos que vão para o setor produtivo do país) também foi mantida em US$ 25 bilhões neste ano e em US$ 30 bilhões, em 2010.
Agência Brasil / Kelly Oliveira
Edição: Tereza Barbosa
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