O Brasil deve ampliar e manter políticas econômicas e monetárias consistentes para preservar e melhorar a classificação de grau de investimento, conferida pelas agências de avaliação de risco Standard&Poor’s e Ficht, o que favorece a atração de investimentos externos.

Essa é uma das conclusões a que chegaram no dia 22, os participantes do 20º Congresso da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec), reunidos no Rio desde o último dia 20. A avaliação geral é que uma vez ultrapassada a atual situação de crise econômica mundial, o Brasil poderá obter benefícios da obtenção do grau de investimento.

Para isso, os analistas da Apimec recomendam que devem ser feitos investimentos pelo governo em infra-estrutura, evitando-se o aumento dos gastos públicos. É preciso ainda que o arcabouço legal seja melhorado, de modo a garantir maior consistência aos investimentos, apontaram.

“Nesse sentido, vemos com preocupação a polêmica que se instaurou recentemente quanto à exploração do pré-sal e alertamos para o inaceitável risco de quebra de contrato e de um indesejável crescimento do Estado empresário”, diz a Apimec na Carta do Rio de Janeiro, divulgada ao final do encontro.

Segundo a entidade, o mercado de capitais pode contribuir com soluções para ampliar a participação da sociedade nos resultados do pré-sal, sem prejudicar os milhares de acionistas da Petrobras. Muitos deles são trabalhadores que usaram, com incentivo do governo, o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para compra de ações da estatal brasileira, frisaram os analistas.

Agência Brasil / Alana Gandra

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