A agência de classificação de risco Moody’s anunciou nesta última terça-feira que passará a publicar uma lista mensal das empresas americanas mais próximas da concordata ou sob risco de não pagar suas dívidas.

Depois que a Moody’s e suas concorrentes Standard & Poor’s e Fitch Ratings foram acusadas de terem sido condescendentes demais com as empresas, em particular os bancos, cujas dificuldades eram previsíveis, a agência nova-iorquina indicou que agora pretende “ajudar os investidores a determinar quais empresas estão submetidas às maiores pressões em um período de mercados de crédito ajustados e fragilidade econômica mundial”.

Na lista aparecem 283 empresas, das quais mais de 45% poderão estar em déficit ou em processo quebra nos 12 próximos meses, segundo a Moody’s.

Todos os setores estão representados na lista, desde o automotivo (General Motors, Ford, Chrysler) ao aeronáutico (American Airlines, United Airlines, US Airways, JetBlue), informático (Palm, AMD, Unisys, Freescale) moda (Barney’s, BCBG Max Azria, Quiksilver), pequenas empresas de petróleo e cassinos (Harrah’s, Fontainebleau).

Há mais que o dobro de empresas na lista do que haveria um ano atrás, destacou no comunicado um vice-presidente da Moody’s, David Keisman, indicando que isto se deve às previsões da Moody’s de uma taxa de déficit nas contas em forte alta este ano entre os valores especulativos”.

No total, quase um quarto das empresas consideradas valores especulativos (nota “Ba1” para baixo) foram incluídas na lista, enquanto um ano atrás a taxa teria sido de 12%, e há dois anos de apenas 9%, segundo a Moody’s.

Com informações da France Presse

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