Acusações contra Michel Temer causaram queda de mais de 10% da Bovespa
A tensão política causada pelas delações que incriminam o presidente Michel Temer provocou também um forte abalo no mercado financeiro. Às 10h21, a Bovespa registrou queda de 10,47%, chegou a 60.470 pontos e teve as operações interrompidas pelo circuit breaker, que é um mecanismo utilizado para controlar os índices. A paralisação durou 30 minutos e o site da instituição saiu do ar. A última vez que isso aconteceu foi em 2008.
Se a bolsa voltar a ter forte queda e alcançar uma retração de 15%, as atividades serão novamente interrompidas, desta vez pelo período de uma hora. Por volta das 11h, o ritmo de queda se mantinha, com o Ibovespa registrando variação negativa de 10,59%, chegando a 60.389 pontos. Os sinais de recuperação foram dados às 11h19, quando queda desacelerou e foi para 8,23%.
As ações preferenciais da Petrobras entraram na abertura das negociações na bolsa com queda de 18%. Os papéis de outras empresas, como Vale, Bradesco e a própria JBS também operaram em baixa desde o início das atividades.
Diante do cenário, às 8h30, o Banco Central lançou um comunicado no qual afirma estar monitorando o “o impacto das informações recentemente divulgadas pela imprensa e atuará para manter a plena funcionalidade dos mercados”.
Além do índice, o dólar foi impactado, registrando alta de 9,45% às 10h48, alcançando uma cotação de R$ 3,43.
Ainda de acordo com o comunicado, “esse monitoramento e atuação têm foco no bom funcionamento dos mercados. Não há relação direta e mecânica com a política monetária, que continuará focada nos seus objetivos tradicionais”.
A Secretaria do Tesouro Nacional fez um movimento parecido e lançou um comunicado pelo qual afirma que “permanece monitorando os impactos decorrentes dos fatos políticos mais recentes, e adotará as medidas necessárias para assegurar a plena funcionalidade e a adequada liquidez dos mercados”.
A crise política envolvendo Michel Temer
O estouro da mais nova crise política que vive o Brasil foi dado por volta das 19h, quando o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, soltou a notícia de que os donos do frigorífico JBS, Joesley e Wesley Batista, afirmaram ter gravado o presidente Michel Temer dando aval para a compra do silêncio do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha.
Com informações do G1
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