Em visita oficial aos Estados Unidos, os presidentes Dilma Rousseff e Barack Obama se reuniram em Washington e fecharam uma série de acordos bilaterais entre os dois países. As decisões foram focadas na facilitação da entrada de brasileiros nos EUA, nas mudanças climáticas e ambientais e nos pactos econômicos de comercialização.

Na coletiva oficial, realizada na tarde desta terça-feira, 30, o presidente norte-americano ressaltou a importância da reaproximação e o fortalecimento da parceria entre os dois governos. “A presidente e eu achamos que há muito mais que podemos fazer juntos. Dilma, agradeço seu compromisso pessoal de dar o próximo passo em nossa parceria. Por isso, trabalharemos nesse sentido. Estamos anunciando uma série de novas etapas para melhorar comércio, investimentos e empregos em nossos países”, afirmou Obama, durante o pronunciamento.

Como o Ministério das Relações Exteriores já havia estabelecido anteriormente, além da retomada de diálogo, um dos objetivos da viagem da presidente aos EUA era a atração de investimentos ao pacote de concessões lançado no dia 9 de junho. Ambos os presidentes também se comprometeram a aprimorar comércio e investimentos, tornando a economia nos dois países mais diversa e competitiva. Atualmente, os Estados Unidos são o principal destino da exportação brasileira de produtos manufaturados.

Carne bovina

Após quinze anos de restrições por razões sanitárias, os EUA abrirão o mercado para a importação da carne bovina in natura brasileira. Os estados da Bahia, Tocantins, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, São Paulo e o Sergipe, além do Distrito Federal, poderão ser habilitados para a exportação do produto aos EUA. A medida favorece 95% da agroindústria nacional.

Mudanças climáticas

Um dos principais documentos assinados pelos dois líderes era uma resposta às mudanças climáticas e nos impactos ambientais que são fruto do desenvolvimento. Tanto o Brasil como os Estados Unidos se comprometeram em atingir, nos próximos quinze anos, a meta de 20% de participação de fontes renováveis em suas matrizes energéticas.

As políticas que fazem parte deste relatório específico também dizem respeito ao desmatamento. Do lado brasileiro, a promessa é de que 12 milhões de hectares da Mata Atlântica sejam reflorestados até 2030 e de que o governo implemente políticas mais diretas para a eliminação do desmatamento.

Com informações da revista Época e do portal G1.