Ações europeias caem ao menor patamar em mais de dois anos
O índice referencial das ações europeias caiu quase 4% no pregão desta segunda-feira, 5, e atingiu o menor nível em mais de dois anos. A maioria das principais bolsas de valores asiáticas fechou em queda, com temores de que a crise de dívida da Europa esteja piorando, podendo desencadear uma segunda crise bancária.
“É a doença europeia que está infectando os mercados ao redor do mundo no momento”, comentou Michael Heffernan, estrategista do Austock Group, na Austrália.
Ampliando o tom negativo, há preocupação de que os Estados Unidos possam estar voltando à recessão, com uma série de dados econômicos fracos, principalmente sobre o desemprego. A economia norte-americana não conseguiu abrir postos de trabalho no mês passado.
No entanto, o presidente do Banco Mundial (Bird), Robert Zoellick, afirmou nesta terça-feira, 6, que os Estados Unidos não estão ameaçados por uma recessão, apesar da crescente preocupação com a maior economia mundial. “Não acredito que os Estados Unidos e o mundo entrem de novo em recessão”, declarou Zoellick durante uma conferência em Cingapura.
O mais recente foco da crise de dívida europeia é a Itália, cujos bônus foram vendidos na segunda-feira em meio a receios de que Roma não esteja fazendo o suficiente para controlar a dívida pública. Os rendimentos dos bônus italianos de dez anos subiram para quase 5,6%, a maior taxa desde o começo de agosto.
Em Tóquio, o índice Nikkei recuou 2,21%, para o menor patamar em seis meses. O índice das ações da região Ásia-Pacífico, com exceção do Japão, caía 0,76% às 7h55 (horário de Brasília). Os setores mais prejudicados no MSCI eram indústria, matéria-prima e financeiras.
O índice de Seul caiu 1,07%. O mercado subiu 0,48% em Hong Kong e a bolsa de Taiwan tombou 2,44%, enquanto o índice referencial de Xangai perdeu 0,33%. Cingapura encerrou em leve alta de 0,04% e Sydney se desvalorizou em 1,6%.
Com informações do portal G1.com
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