PIB sobe 0,1% em 2014, o pior resultado desde 2009
O Produto Interno Bruto (PIB) de 2014 cresceu 0,1% em relação a 2013. O resultado oficial foi divulgado nesta sexta-feira, 27, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É o pior desempenho econômico da presidência de Dilma Rousseff.
O crescimento ficou abaixo de todas estimativas oficiais do governo federal, que iniciaram o ano em 2,5% e caíram para 1,8%, em julho, para 0,9%, em setembro e, em novembro, para 0,5%.
Em valores correntes, o PIB chegou a R$ 5,52 bilhões, no ano passado. No quarto trimestre, o crescimento foi de 0,3% em relação ao terceiro, mas se compararmos com os últimos três meses de 2013, houve uma queda de 0,2%.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos pelo país em determinado período.
Os setores que mais cresceram no país, no ano passado foram o de serviços, que teve alta de 0,7% e o de agropecuária, que subiu 0,4%. O que puxou o valor para baixo foi a indústria, que apresentou, no ano, uma retração de 1,2%, resultado de uma queda nos investimentos do setor.
Segundo o mesmo relatório, o IBGE aponta também que houve avanço de 0,9% no consumo das famílias e de 1,3% no consumo do governo.
Este foi o pior resultado do PIB brasileiro desde 2009, que em meio a uma crise internacional, ficou negativo em 0,2%, mas se recuperou já no ano seguinte, quando cresceu mais de 7%.
Entre as maiores economias do mundo, o crescimento do ano passado também ficou abaixo da média. Os Estados Unidos mantiveram a estabilidade, com um crescimento de 2,4% em comparação com os 2,2% do ano anterior. A China teve uma elevação de 7,4%, que, apesar de alta em comparação com os outros países, é o pior resultado dos últimos 24 anos. Na Alemanha, as medidas de austeridade da Zona do Euro trouxeram um resultado positivo com uma alta de 1,5% no Produto Interno Bruto.
O Brasil é atualmente a sétima maior economia do mundo, mas deve perder o posto por conta do crescimento acelerado da Índia, atualmente na nona colocação. O país asiático cresceu 6% em 2014 e as previsões são de 6,5% neste ano.
Para 2015, a expectativa oficial do governo era de 0,69% no início do ano, mas frente ao desaquecimento da economia, consequência do reajuste econômico, o mercado financeiro já prevê uma retração de mais de 0,7% no PIB. O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, já afirmou que, com o foco na retomada da economia, talvez o Produto Interno Bruto seja negativo por conta das quedas de investimentos.
O cálculo do PIB foi feito sob a nova metodologia internacional que foi adotada pelo IBGE e deverá servir como padrão para todos os países. Segundo o novo método, o Instituto também revisou o crescimento econômico de 2012, que passou de 1% para 1,8%; e o de 2013, que subiu de 2,5% para 2,7%.
Com informações da revista Época Negócios e da Agência Brasil.
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