No boletim Focus desta semana as previsões de produção industrial e avanço da economia medidos pelo Produto Interno Bruto (PIB) se agravaram para este e para o próximo ano. Na indústria, o esperado pelos economistas é de uma queda de 6% contra 5,57% da semana passada e, para o próximo ano, o resultado negativo esperado também piorou, de 0,72% para 0,89%.

O PIB previsto para 2015 é de -2,44% e -0,50% para 2016. Esta é a oitava revisão negativa consecutiva para este ano e a quinta para o próximo. Os dados, apurados com base nas opiniões de analistas entrevistados pelo Banco Central, são divulgados semanalmente, às segundas-feiras.

A valorização da moeda norte-americana em detrimento do real também se agravou na pesquisa desta semana. A previsão é para que o dólar feche 2015 valendo R$ 3,60 e chegue ao fim de 2016 valendo R$ 3,70. De acordo com a análise dos entrevistados, além dos fatores externos, a crise política brasileira pode impulsionar ainda mais a discrepância entre o dólar e o real. Neste ano, a moeda norte-americana já ficou em média 45% mais cara em relação ao mesmo período de 2014.

Inflação

A previsão da alta dos preços também subiu de 9,28% para 9,29% de uma semana para a outra, permanecendo ainda acima do teto da meta estabelecida no início do ano, de 6,5%. No entanto, com a maior estabilidade na taxa básica de juros e o preço da cesta-básica, a inflação oficial de agosto pode se estabilizar, de acordo com especialistas.

Na última sexta-feira, 4, um levantamento divulgado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostrou que 15 das 18 capitais pesquisadas apresentaram queda nos preços dos alimentos em agosto. Em Fortaleza, Salvador e Brasília, capitais onde o preço médio da cesta básica mais diminuiu, as quedas foram de 4,60%, 4,02% e 3,46%, respectivamente.

A inflação oficial medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) será divulgada na próxima quinta-feira, 10, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

Com informações da Agência Brasil e da Reuters.