A desigualdade econômica também deixa sua marca no meio ambiente, contribuindo para o aumento das mudanças climáticas. O alto nível de consumo da parcela mais rica da população causa problemas que afetam diretamente as camadas mais pobres. Essa constatação foi apontada em um estudo realizado pela Oxfam, confederação mundial de organizações que lutam contra a pobreza.

De acordo com um relatório da entidade, metade da população mundial é responsável por 10% das emissões individuais de gás carbônico, enquanto os 10% mais ricos geram 49% da emissão individual de gases poluentes. Esse percentual contabiliza a cadeia de produção dos produtos, serviços e alimentos que essas pessoas consomem.

A pegada do carbono deixada por cada indivíduo aumenta conforme a renda. O rastro deixado pelos 10% mais ricos é 11 vezes maior que os dos 50% mais pobres e 60 vezes maior que dos 10% mais pobres. A diferença é ainda mais gritante quando falamos do 1% mais rico, que emite 175 vezes mais que 10% da população mais pobre.

A desigualdade que causa esse impacto no meio ambiente chegou em 2015 com o nível mais alto da série histórica medida pelo Credit Suisse. O 1% mais rico da população mundial passou a concentrar metade da riqueza mundial, deixando a outra parte com os 99% restantes.

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